
SOM Indica: Vasco Ribeiro & Os Clandestinos, a sinfonia da tradição e modernidade
Descubra a magia musical que une gerações e fronteiras.
Por Noé Pires
Em um cantinho acolhedor de Lisboa, surge um som que ecoa a tradição e a modernidade, entrelaçando-se em melodias que acariciam a alma. Vasco Ribeiro & Os Clandestinos (@vascoribeiro_clandestinos), uma união de talentos que transcende fronteiras musicais, com Vasco Ribeiro guiando-nos por um mar de emoções através de suas letras profundas e cativantes.
Os Clandestinos, guardiões da diversidade sonora, preenchem o espaço com notas que dançam entre o tradicional e o contemporâneo. Francisco Nogueira dedilha seu baixo com maestria, enquanto Rafael Castro pinta paisagens sonoras com sua guitarra elétrica. Henrique Rosário traz a magia das teclas e do acordeão, e António Gonçalves dá vida à percussão que pulsa em nossos corações.
Desde 2018, essa jornada musical tem conquistado os ouvidos mais exigentes, unindo a riqueza da música portuguesa ao folk moderno. Inspirados por grandes mestres da MPP e da MPB, assim como pelos cantautores europeus, o grupo acredita no poder transformador da arte, capaz de unir almas e nutrir o espírito humano.
Em “Mais Um Dia”, seu primeiro álbum, revelaram ao mundo a essência de suas almas musicais. E agora, ansiamos pelos acordes do novo disco “Formas de Estar”, prontos para nos envolver em mais uma viagem sensorial repleta de poesia e autenticidade.
Preparem-se para os concertos que estão por vir, onde Vasco Ribeiro & Os Clandestinos irão brindar-nos com sua música única e envolvente. Uma experiência imperdível para todos aqueles que buscam se perder nas melodias que transcendem o tempo e o espaço.
O S.O.M, “Sistema operacional da música”, o canal de música da mídia NINJA, bateu um papo com Vasco Ribeiro & os Clandestinos.
1 – Como surgiu a ideia de unir a música tradicional portuguesa ao folk moderno em seu projeto musical?
“As músicas, gêneros musicais e o próprio estilo do projeto, surgiram, e vão surgindo, naturalmente, de forma muito espontânea. Deixamos a porta aberta a todos os estilos musicais que possam surgir na altura da criação, desde que a música pareça boa e nos faça sentido tocar. Facilita termos músicos de diferentes “escolas”musicais, o que nos permite explorar diversas sonoridades e arriscar nos sons. Fazemos sobretudo música popular portuguesa, inspirada nos cantores de abril e nos cantautores dos anos 70, mas acrescentamos um toque mais moderno e temáticas actuais”, explica o artista.
2 – Quais são as principais influências líricas e musicais que inspiram as composições do Vasco Ribeiro & os Clandestinos?
“As nossas influências musicais provêem da MPP, da MPB, de alguns cantautores italianos e ses, e do folk norte-americano. Nomes como Zeca Afonso, Sérgio Godinho, José Mário Branco e Jorge Palma, Chico Buarque ou Caetano Veloso, Fabrizio de André, Bob Dylan, Neil Young, Nina Simone, Sixto Rodriguez ou Shane MacGowan, são uma constante inspiração”, comenta Vasco Ribeiro.
3 – Como tem sido a jornada criativa da banda na produção do segundo disco “formas de estar”, quais são as inspirações por trás desse projeto?
“O novo disco foi um novo grande o no nosso projeto. É um disco mais profissional na sonoridade e mais ambicioso do que o primeiro. Abrange uma série de estilos e gêneros musicais, ando pelo folk, ao fado, a uma bossa ligeira, a uma ou outra música mais pop, e a algumas sonoridades mais tradicionais, exaltando essas diferentes “formas de estar” que queríamos transmitir. O processo de gravação foi longo e duradouro, mas muito entusiasmante. O álbum começou a ser gravado numa velha casa, numa aldeia do Gerês, a norte de Portugal, onde gravamos as bases das músicas e acabámos as composições, e culminou nos míticos estúdios Namouche, em Lisboa, ao encontro dos sopros vindos do jazz, do hip-hop ou da world music, e do coro de vozes de raiz mais tradicional”, finaliza o artista.