
Da aldeia à universidade. Indígenas debatem formação acadêmica em programa do Estudantes NINJA
Debate contou com os acadêmicos Eduardo Guajajara (UFSCar), Braulina Baniwa (UnB) e mediação de Tel Guajajara (UFPA), do Estudantes NINJA.
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ar a universidade já é um desafio. Permanecer pode ser ainda maior. Para estudantes indígenas, a formação acadêmica é uma jornada cheia de obstáculos que se inicia no o à universidade e permanece até a diplomação definitiva. A rede de Estudantes NINJA, que reúne estudantes de diversas escolaridades em todo o Brasil em ações midiativistas organizadas pela Mídia NINJA, entrou na programação do Abril Indígena com um debate importante: o o e permanência dos indígenas nas universidades. O debate contou com os acadêmicos Eduardo Bento Guajajara (UFSCar), Braulina Baniwa (UnB) e mediação de Tel Guajajara (UFPA).
“Eu consegui uma bolsa do FIES, fui a São Luís, mas não consegui nem chegar à metade do curso por questões financeiras. Foi a primeira barreira que tive no o à educação”, disse Eduardo ao contar sobre o início de seu percurso no o à universidade, quando saiu do interior do Maranhão e precisou voltar à aldeia. “Depois, eu descobri que a Universidade Federal de São Carlos tinha um programa de permanência na universidade. Aqui tinha uma assistência própria para os parentes indigenas e fomos muito bem recebidos”.
“A bolsa permanência acaba não sendo apenas para defender o auxílio para os indígenas, mas defender a vida, a alimentação, o teto”, diz Tel Guajajara.
Para Braulina Baniwa, a questão da permanência ainda é mais priomordial quando se debate indígenas nas universidades. “Nós últimos dez, doze anos nós vimos um aumento do o dos indígenas nas universidades, inclusive com universidades abrindo provas específicas para os indígenas”, conta. “O que acontece é que nem as famílias conseguem sustentar seus filhos indígenas que vão à universidade e acabam desistindo”.
Trazendo uma experiência positiva, Eduardo conta que a UFSCar promoveu uma semana de preparação a estudantes indígenas antes do início do ano letivo, para criar um vínculo com as políticas públicas na universidade. “Aqui ainda dependemos muito da assistência social que a universiadde oferece e também falta uma organização maior entre os parentes”, complementou Eduardo.
Confira acima o debate completo no IGTV do Estudantes NINJA.